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Sobre este projecto
Quando se ia embora, alguns deles disseram-lhe: "Não é preciso falar de nós aos de fora".
O meu pai gosta de pintar. Tem livros de arte em casa. Gauguin é o meu preferido. Bonjour, Monsieur Gauguin. Pinturas num lugar novo. Le Pouldu até Hiva Oa.
Lisboa é o meu Tahiti. Areias cor-de-rosa e sombras azuis. Já saudâmos Alhandra, a toireira. Uma brecha até ao século XIX.
A gigantesca fábrica da Cimpor, o grupo de jogadores de cartas no café dos columbófilos, as ruas quase desertas ao meio-dia, os graffitis dos jovens anarquistas, um desfile de palmeiras, e os camiões sem fim.
Sair do comboio é como chegar à Fonte da Flor de Pêssego.
Vou pintar vinte e quatro quadros.

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